Tenho tanta coisa pra falar. Meus sentimentos são únicos porque toda a minha existência flui através deles. Escrever é uma forma de materializá-los sem os tornar obsoletos com o tempo.

"Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente." ~ Caio Fernando Abreu
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Templo do Senhor
“Meu Pai, meu Pai do céu, eu quase me esqueci que o seu amor vela por mim, que seja feito assim...”
Tenho muito a dizer hoje. Não foi por acaso que iniciei o post com o trecho da música de Pe. Marcelo Rossi. Ontem, senti uma imensa vontade de adorar, louvar ao Senhor Deus. É difícil acreditar que alguém como eu que falei várias vezes em boêmia neste blog, possa ter tamanha relação com Deus. Explico: Nem sempre foi assim e, aos poucos Deus atende ao meu pedido de que “eu nunca esqueça o SEU nome”. ELE atende todos os dias. Em outras ocasiões posso soltar detalhes de como e quando começaram os “chamados” de DEUS em minha vida. Por enquanto, vou falar minhas motivações do trecho da música.
Todas as terças- feiras há uma linda novena a Nossa Senhora Desatadora de Nós, com missa acompanhada de adoração e louvor ao Santíssimo Sacramento, na Igreja de São Francisco. Há quase um ano eu acompanho sempre que possível. Desde o dia dos Finados, decidi por escolher a “melhor parte” (Lc 10, 38-42) de forma assídua todas as terças-feiras. No post anterior eu disse que lembrei a solução de TODOS os meus problemas. Não é mentira e nem presunção. Sim, falo na confiança absoluta nesse DEUS maravilhoso que, nunca me deixou desamparada. ELE me conhece, ELE sabe daquilo que realmente preciso na minha vida.
Andava meio “bichada”, pra baixo mesmo, indisposta, desanimada, fazendo coisas que sempre abominei. Uma “queda” feia! E, quando pensava em ir a igreja sentia uma preguiça terrível e repetia pra mim mesma que lá não era lugar pra mim, que eu não merecia ser recebida. Tinha me esquecido de algo importante, muito importante (vide Lc 15). Sou devota das almas e sempre rezo por elas, por isso no dia dos finados fui à missa, nesta igreja a qual citei acima. E, quando saí de lá, senti-me bem melhor.
Então, ontem, durante a homilia tive muitas revelações. O Padre fez um sermão excelente. O evangelho era sobre a profanação do templo do Senhor (Jo 2, 13-22). Quem arrisca dizer onde é o templo do Senhor? Uma vez fui a uma célula universitária e lá ouvi algo que nunca esqueci: “Deus não habita em algum que tenha sido construído pelas mãos dos homens, mas sim onde foi construído pelas SUAS próprias mãos”. Levou um tempo pra eu compreender, mesmo eu tendo lido a bíblia o que significa “Ele está no meio de nós” (Mat 28,20). Levei tempo pra ouvir o que realmente a palavra significava. Tive essa revelação durante a missa e depois de uma reflexão na paisagem bíblica, entendi. Sempre achei que, o “está no meio de nós” tivesse mais haver com “Onde houver dois ou três reunidos no meu nome, ali estarei no meio deles” (Mat 18:20), que o “meio de nós” fosse “entre nós”. Não que, o “entre nós” perdesse a importância, mas o “meio de nós”, contudo, é fundamental para que o “entre nós” tenha o efeito louvável, para a glória de DEUS PAI.
Sendo que, Deus habita apenas em obras construídas pelas próprias mãos, Ele estando no meio de nós, somos o Seu Templo. Agora imagine quantas profanações comentemos contra esse templo?! Foi em cima desse questionamento que a liturgia de ontem nos sugeriu reflexão.
Amo os sacredotes. Amo a liturgia. Amo a Santa Missa e a Eucaristia.
Adendo: img da web
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