"Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente." ~ Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Faxinando Parte I

É isso. Tudo o que preciso é escrever. Eu sinto. Não vejo. Sinto. Sinto. É possível ver flechas de todas as cores num coração e ainda assim sobreviver? O físico não é absoluto. O sentimento, sim. As cores poderiam representar as situações, os momentos. O coração a mim mesma. A sobrevivência, minha escolha. E, então, direi o que mais? Meus sentimentos não são minúcias, pelo contrário, são tudo o que sou e por isso mais importante que qualquer plano material. Escrever é apenas um alívio. Um caminho ainda que incotre, mas humilde de descarrergar os excessos. É isso! Estou descompactando sentimentos. Restaurando um pouco a alma. Ajuda muito no processo. Caraca! Quando falo que sinto falta de ar... Porra! Não é uma hipérbole, mas uma necessidade. Aerosol não vai resolver, portanto, escrever às vezes funciona, sabe? O processo ajuda a organizar as idéias, os sentimentos.
Fiquei pensando sobre por onde começar... Dizem que devemos cuidar do nosso interior que o exterior reflitirá tudo depois. Então, meu ponto de partida, foi “fiscalizar” o exterior antes de tudo, pra “conhecer” melhor o que está acontecendo por dentro. Decidi materializar depois desmaterializar. É arriscado, mas escolhi sobreviver. Comecei olhando minha casa. Há dias precisava de uma faxina. Isso foi fundamental. Percebi que estou realmente precisando de uma “limpeza”. Percebi o quanto estou infeliz, mesmo com tanta coisa boa acontecendo na minha vida. Por quê? Como percebi isso? Ter a minha casa foi melhor coisa que me aconteceu nesses últimos três anos. Não fazia sentido eu ver o quanto estava tudo fora do lugar, empoeirado, amontuado ali. Era isso. Dentro de mim havia muito que organizar, restaurar, limpar, muito a se jogar fora e mais um monte a preservar. Comecei a limpeza da casa. Primeiro, por tudo no lugar. Jogar fora o que não precisa. Depois, o que ficou tirar toda a poeira. Uma limpeza mais profunda, varrer, um pano úmido depois, o reconhecimento do local. Desse jeito. É assim que tem de ser. Amo uma casa limpinha... Sinto-me melhor e muito mais feliz.

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